Normalização de Noether

Seja \(\mathbb F\subseteq\mathbb K\) uma extensão de corpos. Um subconjunto \(\Omega\subseteq \mathbb K\) é dito algebricamente dependente (sobre \(\mathbb F\)) se existe um polinômio \(f\in\mathbb F[t_1,\ldots,t_n]\setminus\{0\}\) e elementos \(\alpha_1,\ldots,\alpha_n\in\Omega\) distintos tais que \[f(\alpha_1,\ldots,\alpha_n)=0.\] Caso contrário, \(\Omega\) é dito algebricamente independente. O subconjunto \(\emptyset\) é considerado algebricamente independente.

Usando o Lema de Zorn, pode-se provar que \(\mathbb K\) possui subconjuntos maximais algebricamente independentes. Tal conjunto é dito base transcendental de \(\mathbb K\) sobre \(\mathbb F\). Segue da definição que se \(B\) é uma uma base transcendental de \(\mathbb K\) sobre \(\mathbb F\), então \(\mathbb K\) é algébrico sobre \(\mathbb F(B)\).

Seja \(\mathbb F\subseteq\mathbb K\) uma extensão de corpos.
  1. Toda base transcendental de \(\mathbb K\) sobre \(\mathbb F\) têm a mesma cardinalidade.

  2. As seguintes são equivalentes para um conjunto \(\Omega\subseteq \mathbb K\).

    1. \(\Omega\) é uma base transcendental de \(\mathbb K\) sobre \(\mathbb F\).

    2. \(\Omega\) é algebricamente indepdentente e \(\mathbb F(\Omega)\subseteq \mathbb K\) é uma extensão algébrica.

  3. Sejam \(X,Y\subseteq \mathbb K\) tais que

    1. \(X\subseteq Y\);

    2. \(X\) é algebricamente independente;

    3. the extensão \(\mathbb F(Y)\subseteq \mathbb K\) é algébrica.

    Então existe uma base transcendental \(B\) de \(\mathbb K\) sobre \(\mathbb F\) tal que \(X\subseteq B\subseteq Y\).

Assuma que \(\mathbb F[x_1,\ldots,x_n]\) é um anel de polinômios em \(n\) variáveis e sejam \(t_1,\ldots,t_n\) tais que a extensão de anéis \(\mathbb F[t_1,\ldots,t_n]\subseteq \mathbb F[x_1,\ldots,x_n]\) é integral. Então \(t_1,\ldots,t_n\) são algebricamente independentes.
Sejam \(\mathbb K=\mathbb F(t_1,\ldots,t_n)\) e \(\mathbb L=\mathbb F(x_1,\ldots,x_n)\) os corpos de frações de \(\mathbb F[t_1,\ldots,t_n]\) e \(\mathbb F[x_1,\ldots,x_n]\), respetivamente. Como \(x_i\) é integral sobre \(\mathbb F[t_1,\ldots,t_n]\), \(x_i\) é raiz de um polinômio mônico com coeficientes em \(\mathbb F[t_1,\ldots,t_n]\) e assim \(x_i\) é algébrico sobre \(\mathbb K\). Logo, \(\mathbb L\) é uma extensão algébrica de \(\mathbb K\) e aplicando o teorema acima para \(X=\emptyset\) e \(Y=\{t_1,\ldots,t_n\}\), um subconjunto \(Y'\subseteq \{t_1,\ldots,t_n\}\) é base transcendental de \(\mathbb L\) sobre \(\mathbb F\). Por outro lado, \(\{x_1,\ldots,x_n\}\) é base transcendental de \(\mathbb L\) sobre \(\mathbb K\) e toda base transcendental tem \(n\) elementos. Assim \(Y'=Y\) e, em particular, \(\{t_1,\ldots,t_n\}\) é um conjunto algebricamente independente.
Assuma que \(A\subseteq B\) é uma extensão de anéis e seja \(x\in B\). Se \(B\) é módulo-finito sobre \(A\), então \(B[x]\) é módulo-finito sobre \(A[x]\).
Seja \(B=(b_1,\ldots,b_k)_A\). Então \(B[x]=(b_1,\ldots,b_k)_{A[x]}\).
Assuma que \(\mathbb F[x_1,\ldots,x_n]\) é uma álgebra de polinômios em \(n\) variáveis e sejam \(X,Y\subseteq \{x_1,\ldots,x_n\}\). Então \[(X)_{\mathbb F[x_{x_1,\ldots,x_n}]}\cap \mathbb F[Y]\cong
(X\cap Y)_{ \mathbb F[Y]}.\]
Em particular, se \(X\cap Y=\emptyset\), então \((X)_{\mathbb F[x_{x_1,\ldots,x_n}]}\cap \mathbb F[Y]=0\).
(Lema 1)
Seja \(R=\mathbb F[x_1,\ldots,x_n]\) uma álgebra de polinômios e seja \(t_1\in R\setminus\{0\}\) tal que \(t_1R\neq R\). Existem \(t_2,\ldots,t_n\) tais que
  1. \(t_1,t_2,\ldots,t_n\) são algebricamente independentes sobre \(\mathbb F\);

  2. \(R\) é módulo-finito sobre \(P=\mathbb F[t_1,\ldots,t_n]\);

  3. \(t_1R\cap P = t_1P\).

Seja \(\ell\) um número natural a ser determinado mais precisamente depois. Defina para \(i\in\{2,\ldots,n\}\), \(t_i=x_i-x_1^{\ell^{i-1}}\). Ponha \(P=\mathbb F[t_1,\ldots,t_n]\) e observe que \(P[x_1]=R\). Afirmamos que \(x_1\) é integral sobre \(\mathbb F[t_1,\ldots,t_n]\). Como \(t_1\in\mathbb F[x_1,\ldots,x_n]\), temos que \[\label{eq:nagata}
t_1=\sum_v \alpha_vx_1^{v_1}\cdots x_n^{v_n}=
\sum_v \alpha_v x_1^{v_1}(t_2+x_1^{\ell})^{v_2}\cdots(t_n+x_1^{\ell^{n-1}})^{v_n}.\]
Usando a notação \[\label{eq:n}
n(v)=v_1+v_2\ell+v_3\ell^2+\ldots+v_n\ell^{n-1},\]
cada parcela na soma anterior tem a forma \[\alpha_v x_1^{v_1}(t_2+x_1^{\ell})^{v_2}\cdots(t_n+x_1^{\ell^{n-1}})^{v_n}=
x_1^{n(v)}+\mbox{(termos de grau menor em $t_1$).}\]
Ora assuma que \(\ell\) é maior que todo expoente \(v_i\) aparecendo em na expressão para \(t_1\) acima. Neste caso \(n(v)\) pode ser visto como a expansão de um número natural na base \(\ell\). Em particular, \(n(v)\neq n(v')\) se \(v\neq v'\). Isso quer dizer que os termos \(\alpha_v x_1^{n(v)}\) não se cancelam. Seja \(w\) o vetor com \(\alpha_w\neq 0\) e \(n(w)\) maximal. Neste caso \[t_1=\alpha_wx_1^{n(w)}+\mbox{(termos de menor grau em $x_1$)}.\] Assim, obtemos a equação \[x_1^{n(w)}-t_1+\mbox{(termos de menor grau em $x_1$)}=0\] na qual o lado esquerdo é um polinômio na variável \(x_1\) com coeficinetes em \(\mathbb F[t_1,\ldots,t_n]\). Portanto \(x_1\) é integral sobre \(P=\mathbb F[t_1,\ldots,t_n]\) e \(R\) é módulo-finito sobre \(\mathbb F[t_1,\ldots,t_n]\). Ora, o lema acima implica também que \(t_1,\ldots,t_n\) são algebricamente independentes sobre \(\mathbb F\).

Nos resta provar (3). Temos que \(t_1\in P\) e \(t_1\in t_1R\) e assim \(t_1P\subseteq t_1R\cap P\). Seja \(x\in t_1R\cap P\) e escreva \(x=t_1y\) onde \(y\in R\). Considere a cadeia de extensões \[P\subseteq R\cap \mbox{Frac}(P)\subseteq R\] e observe que \(y\in R\cap \mbox{Frac}(P)\). Como \(R\) é módulo-finito sobre \(P\), temos que \(R\cap \mbox{Frac}(P)\) (sendo um submódulo de um módulo finitamente gerado sobre um anel noetheriano) é módulo-finito sobre \(P\). Agora considerando \(R\cap \mbox{Frac}(P)\) em \(\mbox{Frac}(P)\), temos que \(R\cap \mbox{Frac}(P)\) é integral sobre \(P\), ou seja \(R\cap \mbox{Frac}(P)\) está contido na normalização \(\widetilde P\) de \(P\) em \(\mbox{Frac}(P)\). Mas \(P\), sendo álgebra de polinômios sobre um corpo, é DFU, e assim \(\widetilde P=P\). Isso implica que \(y\in P\), ou seja \(x\in t_1P\).

(Lema 2) Seja \(R=\mathbb F[x_1,\ldots,x_n]\) uma álgebra de polinômios e seja \(\mathfrak a\subsetneqq R\) um ideal. Existem \(t_1,\ldots,t_n\) tais que
  1. \(t_1,t_2,\ldots,t_n\) são algebricamente independentes sobre \(\mathbb F\);

  2. \(R\) é módulo-finito sobre \(P=\mathbb F[t_1,\ldots,t_n]\);

  3. \(\mathfrak a\cap P = (t_1,\ldots,t_h)\) com algum \(h\in\{1,\ldots,n\}\).

Primeiro, se $\mathfrak a=0$, então podemos tomar $t_i=x_i$ para todo $i$. Assuma logo que $\mathfrak a\neq 0$ e use indução por \(n\). Quando \(n=1\), então \(R=\mathbb F[x_1]\) e \(\mathfrak a=t_1R\) com algum \(t_1\in R\) e o resultado está válido pelo Lema 1. Assuma que o resultado está válido para anéis de polinômios com \(n-1\) variáveis. Considere \(\mathfrak a\subseteq \mathbb F[t_1,\ldots,t_n]\) como no enunciado. Lembrando que \(\mathfrak a\neq 0\), tomemos \(t_1\in\mathfrak a\) arbitrário não nulo. Use Lema 1 para obter elementos \(u_2,\ldots,u_n\) tais que
  1. \(t_1,u_2,\ldots,u_n\) são algebricamente independentes.

  2. \(R\) é módulo finito sobre \(P_1=\mathbb F[t_1,u_2,\ldots,u_n]\);

  3. \(t_1R\cap P_1=t_1P_1\).

Ora, usando a Hipótese de Indução para o anel \(R_0=\mathbb F[u_2,\ldots,u_n]\) e o ideal \(\mathfrak b=\mathfrak a\cap R_0\), ache \(t_2,\ldots,t_n\in R_0\) tais que

  1. \(t_2,\ldots,t_n\) são algebricamente independentes sobre \(\mathbb F\);

  2. \(R_0\) é módulo-finito sobre \(P_0=\mathbb F[t_2,\ldots,t_n]\);

  3. \(\mathfrak b\cap P_0=\mathfrak a\cap P_0=(t_2,\ldots,t_h)_{P_0}\) com algum \(h\leq n\).

Seja \(P=\mathbb F[t_1,t_2,\ldots,t_n]\). Lembre que \(R\) é módulo-finito sobre \(P_1\) e \(\mathbb F[u_2,\ldots,u_n]\) é módulo-finito sobre \(P_0\). Por um lema acima, \(P_1=\mathbb F[t_1,u_1,\ldots,u_n]\) é módulo-finito sobre \(P=\mathbb F[t_1,t_2,\ldots,t_n]\). Por transitividade, \(R\) é módulo-finito sobre \(P\). Um outro lema acima implica também que \(t_1,\ldots,t_n\) são algebricamente independentes.

Nos resta provar afirmação \((3)\). Claramente \(t_1,\ldots,t_h\in \mathfrak a\cap P\) e assim \((t_1,\ldots,t_h)_{P}\subseteq \mathfrak a\cap P\). Assuma que \(x\in\mathfrak a\cap P\). Escreva \[x=f_0+f_1t_1+f_2t_1^2+\cdots +f_kt_1^k\] com \(f_i\in\mathbb F[t_2,\ldots,t_n]\) e note que \(f_0=x-\sum_{i\geq 1}f_it_1^i\in \mathfrak a\cap \mathbb F[t_2,\ldots,t_n]\). Por outro lado, \[\mathfrak a\cap \mathbb F[t_2,\ldots,t_n]=(t_2,\ldots,t_h)_{P_0}\subseteq (t_2,\ldots,t_h)_{P}.\] Logo \(f_0\in (t_2,\ldots,t_h)_{P}\) e \(x\in (t_1,t_2,\ldots,t_h)_{P}\).

(Lema 3) Seja \(R=k[x_1,\ldots,x_n]\) uma álgebra de polinômios e seja \(\mathfrak a_1\subseteq \mathfrak a_2\subseteq \cdots\subseteq \mathfrak a_r\subsetneqq R\) uma cadeia de ideais. Existem \(t_1,\ldots,t_n\) tais que
  1. \(t_1,t_2,\ldots,t_n\) são algebricamente independentes;

  2. \(R\) é módulo-finito sobre \(P=k[t_1,\ldots,t_n]\);

  3. \(\mathfrak a_i\cap P = (t_1,\ldots,t_{h_i})\) com algum \(h_i\in\{1,\ldots,n\}\).

Indução por \(r\). O caso \(r=1\) é o Lema 2. A hipótese da indução é que o lema é verdadeiro para uma cadeia de \(r-1\) ideais.

Assuma que temos uma cadeia de \(r\) ideais como no enunciado. Usando a hipótese da indução para a cadeia \(\mathfrak a_1\subseteq \cdots \subseteq \mathfrak a_{r-1}\) obtemos elementos \(u_1,\ldots,u_n\in R\) tais que

  1. \(u_1,\ldots,u_n\) são algebricamente independentes;

  2. \(R\) é módulo-finito sobre \(P_1=k[u_1,\ldots,u_n]\);

  3. \(\mathfrak a_i\cap P_1=(u_1,\ldots,u_{h_i})_{P_1}\) com \(1\leq h_1\leq h_2\leq \cdots\leq h_{r-1}\).

Seja \(h=h_{r-1}\). Ora, usando Lema 2 para \(S=k[u_{h+1},\ldots,u_n]\) e \(\mathfrak b=\mathfrak a_r\cap S\), obtenha \(t_{h+1},\ldots,t_n\) tais que

  1. \(t_{h+1},\ldots,t_n\) são algebricamente independentes;

  2. \(S\) é módulo-finito sobre \(P_2=k[t_{h+1},\ldots,t_n]\);

  3. \((\mathfrak b\cap P_2)= \mathfrak a\cap P_2=(t_{h+1},\ldots,t_{h_r})_{P_2}\) com algum \(h_r\in\{h+1,\ldots,n\}\).

Agora ponha \(t_i=u_i\) para \(i\in\{1,\ldots,h\}\). Afirmamos que os elementos \(t_1,\ldots,t_h,t_{h+1},\ldots,t_n\) satisfazem as afirmações do Teorema. Primeiro temos que as extensões \[k[t_{h+1},\ldots,t_n] \subseteq k[u_{h+1},\ldots,u_n]\quad \mbox{e}\quad k[u_1,\ldots,u_n]\subseteq R\] são módulo-finitas. Portanto \[k[t_1,\ldots,t_{h},t_{h+1},\ldots,t_n]= k[u_1,\ldots,u_{h},t_{h+1},\ldots,t_n]\subseteq R\] é módulo-finito. Isso também implica que \(t_1,\ldots,t_n\) são algebricamente independentes.

Seja \(i\in\{1,\ldots,r\}\). Temos que \(t_1,\ldots,t_{h_i}\in\mathfrak a_i\cap P\) então \[(t_1,\ldots,t_{h_i})_P\subseteq \mathfrak a_i\cap P.\] Para provar a outra inclusão, assuma que \(x=\mathfrak a_i\cap P\) e seja \(m=h_i\). Então \[x=\sum_v f_vt_1^{v_1}\cdots t_m^{v_m}\quad\mbox{com}\quad f_i\in k[t_{m+1},\ldots,t_n].\] Note, para \(i\in\{1,\ldots,r-1\}\), que \[\begin{aligned}
f_0\in\mathfrak a_i\cap k[t_{m+1},\ldots,t_n]&=
(\mathfrak a_i\cap k[u_1,\ldots,u_n])\cap k[t_{m+1},\ldots,t_n]\\
&\subseteq (\mathfrak a_i\cap k[u_1,\ldots,u_n])\cap k[u_{m+1},\ldots,u_n]\\&
=(u_1,\ldots,u_m)_{P_1}\cap k[u_{m+1},\ldots,u_n]=0.\end{aligned}\]
Se \(i=r\), \[\begin{aligned}
f_0\in\mathfrak a_r\cap k[t_{m+1},\ldots,t_n]&=(\mathfrak a_r\cap k[t_h,\ldots,t_n])\cap k[t_{m+1},\ldots,t_n]\\
&=(t_1,\ldots,t_m)_{P_2}\cap k[t_{m+1},\ldots,t_n]=0.\end{aligned}\]
Nos dois casos, \(f_0=0\) e \(x\in (t_1,\ldots,t_h)_P\).

(Teorema de Normalização de Noether) Seja \(R=k[y_1,\ldots,y_n]\) uma \(k\)-álgebra finitamente gerada e seja \(\mathfrak a_1\subseteq \mathfrak a_2\subseteq \cdots\subseteq \mathfrak a_r\subsetneqq R\) uma cadeia de ideais. Existem \(t_1,\ldots,t_m\) tais que
  1. \(t_1,t_2,\ldots,t_m\) são algebricamente independentes;

  2. \(R\) é módulo-finito sobre \(P=k[t_1,\ldots,t_m]\);

  3. \(\mathfrak a_i\cap P = (t_1,\ldots,t_{h_i})\) com algum \(h_i\in\{1,\ldots,n\}\).

Seja \(R_0=k[x_1,\ldots,x_n]\) a álgebra de polinômios e considere o mapa \(\psi:R_0\to R\) definido como \(\psi(x_i)=y_i\) para todo \(i\). Seja \(\mathfrak b_0=\ker\psi=\psi^{-1}(0)\) e \(\mathfrak b_i=\psi^{-1}(\mathfrak a_i)\) para \(i\geq 1\). Aplique Lema 3 para a álgebra \(R_0\) e a cadeia \(\mathfrak b_0\subseteq \mathfrak b_1\subseteq \cdots\subseteq \mathfrak b_r\) e obtenha uma sequência \(u_{-h},\ldots,u_0,u_1,\ldots,u_m\in R_0\) que satisfaz a afirmação do Lema 3 com \((\ker \psi)\cap P_1=(u_{-h},\ldots,u_0)_{P_1}\) com $P_=k[u_{-h},\ldots,u_m]$. Seja \(t_i=\psi(u_i)\) para \(i\in\{1,\ldots,m\}\) e ponha $P=k[t_1,\ldots,t_m]$.

Primeiro \[k[t_1,\ldots,t_m]\cong P_1/(\ker(\psi)\cap P_1)=k[u_1,\ldots,u_n].\] Logo, \(t_1,\ldots,t_m\) são algebricamente independentes.

Além disso, \[P=k[t_1,\ldots,t_m]\cong (P_1+\ker\psi)/\ker\psi\quad\mbox{e}\quad
R\cong R_0/\ker\psi.\]
Como a extensão \(P_1\subseteq R_0\) é módulo finita, a extensão \(P\subseteq R\) também é.

Finalmente, nos resta provar que \(\mathfrak a_i\cap P=(t_1,\ldots,t_{h_i})_P\). Primeiro, note que \[\begin{aligned}
\psi(\mathfrak b_i\cap P_0)&=\psi((u_{-h},\ldots,u_{h_i})_{\mathbb F[u_{-h},\ldots,u_m]})=
\psi((u_{-h},\ldots,u_{h_i}))_{\psi(\mathbb F[u_{-h},\ldots,u_m])}\\&=
(t_1,\ldots,t_{h_i})_{P}.
\end{aligned}\]
Logo \[\mathfrak a_i\cap P=\psi(\psi^{-1}(\mathfrak a_i\cap P))=\psi(\psi^{-1}(\mathfrak a_i)\cap \psi^{-1}(P))=
\psi(\mathfrak b_i\cap P_0)=(t_1,\ldots,t_{h_i})_{P}.\]