{"id":687,"date":"2020-07-26T22:14:21","date_gmt":"2020-07-26T22:14:21","guid":{"rendered":"http:\/\/localhost\/?page_id=687"},"modified":"2020-08-01T13:18:17","modified_gmt":"2020-08-01T13:18:17","slug":"as-primeiras-defincoes","status":"publish","type":"page","link":"http:\/\/localhost\/index.php\/ensino\/grupos-e-corpos\/as-primeiras-defincoes\/","title":{"rendered":"As primeiras defin\u00e7\u00f5es"},"content":{"rendered":"
$\\newcommand{\\Z}{\\mathbb Z}\\newcommand{\\R}{\\mathbb R}\\newcommand{\\Q}{\\mathbb Q}\\newcommand{\\C}{\\mathbb C}\\newcommand{\\K}{\\mathbb K}\\newcommand{\\sym}[1]{{\\rm Sym}(#1)}$Seja $X$ um conjunto. Uma fun\u00e7\u00e3o $f\\colon X\\times X\\to X$ \u00e9 dita uma opera\u00e7\u00e3o bin\u00e1ria,\u00a0<\/em>ou simplesmente uma opera\u00e7\u00e3o<\/em>. Se $x,y\\in X$, ent\u00e3o o resultado da opera\u00e7\u00e3o entre $x$ e $y$ \u00e9 $f(x,y)$. Normalmente o resultado de uma opera\u00e7\u00e3o entre $x,y\\in X$ ser\u00e1 escrito como $x\\cdot y$, $x+y$, $x\\circ y$, $x\\diamond y$, ou, quando n\u00e3o houver risco de ambiguidade, simplesmente como $xy$.<\/p>\n Sejam $X$ um conjunto e $\\cdot$ uma opera\u00e7\u00e3o em $X$.<\/p>\n Defini\u00e7\u00e3o.\u00a0<\/strong>Assuma que $X$ \u00e9 um conjunto com uma opera\u00e7\u00e3o $\\cdot$. Dizemos que $X$ \u00e9 um grupo<\/em> se<\/span><\/p>\n Al\u00e9m disso, se a $\\cdot$ \u00e9 comutativa, ent\u00e3o $X$ \u00e9 dito grupo comutativo<\/em> ou grupo abeliano<\/em>.<\/span><\/p>\n Se $G$ \u00e9 um grupo com a opera\u00e7\u00e3o $\\cdot$, ent\u00e3o, para evitar ambiguidade, escrevemos que $(G,\\cdot)$ \u00e9 um grupo<\/em>. Quando n\u00e3o h\u00e1 perigo de ambiguidade, escreve-se simplesmente que $G$ \u00e9 um grupo<\/em>. Por exemplo, $(\\Z,+)$ \u00e9 um grupo, mas $(\\Z,\\cdot)$ n\u00e3o \u00e9.<\/p>\n Lema.\u00a0<\/strong>Seja $G$ um grupo.<\/span><\/p>\n Demonstra\u00e7\u00e3o.\u00a0<\/strong>Exerc\u00edcio.<\/p>\n Usamos dois sistemas principais de nota\u00e7\u00f5es quando consideramos grupos: Defini\u00e7\u00e3o.<\/strong> A ordem<\/em> de um grupo $X$ \u00e9 a cardinalidade de $X$ e \u00e9 denotada por $|X|$.\u00a0 Por exemplo $|S_n|=n!$ e $|D_n|=2n$. Se $x\\in X$, ent\u00e3o a ordem<\/em> $|x|$ de $x$ \u00e9 definida na maneira seguinte. Se existir $n\\geq 1$ tal que $x^n=1$, ent\u00e3o $|x|$ \u00e9 igual ao menor tal $n\\geq 1$. Se tal n\u00famero $n$ n\u00e3o existir, ent\u00e3o $|x|$ \u00e9 infinito.<\/span><\/p>\n Defini\u00e7\u00e3o.<\/strong> Seja $X$ um grupo, e $Y\\subseteq X$. Dizemos que $Y$ \u00e9 um subgrupo<\/em> de $X$ se $Y$ \u00e9 fechado para produto e para inversos; ou seja, para todo $x,y\\in Y$,<\/span><\/p>\n Se $Y$ \u00e9 um subgrupo de $X$, ent\u00e3o escrevemos $Y\\leq X$. Note que a defini\u00e7\u00e3o implica que o elemento neutro de $X$ pertence a cada subgrupo $Y$ e ele \u00e9 o elemento neutro de $Y$.<\/span><\/p>\n Exemplos.\u00a0<\/strong><\/span><\/p>\n $\\newcommand{\\Z}{\\mathbb Z}\\newcommand{\\R}{\\mathbb R}\\newcommand{\\Q}{\\mathbb Q}\\newcommand{\\C}{\\mathbb C}\\newcommand{\\K}{\\mathbb K}\\newcommand{\\sym}[1]{{\\rm Sym}(#1)}$Seja $X$ um conjunto. Uma fun\u00e7\u00e3o $f\\colon X\\times X\\to X$ \u00e9 dita uma opera\u00e7\u00e3o bin\u00e1ria,\u00a0ou simplesmente uma opera\u00e7\u00e3o. Se $x,y\\in X$, ent\u00e3o o resultado da opera\u00e7\u00e3o entre $x$ e $y$ \u00e9 $f(x,y)$. Normalmente o resultado de uma opera\u00e7\u00e3o entre $x,y\\in X$ ser\u00e1 escrito como $x\\cdot y$, $x+y$, $x\\circ y$, … Continue reading As primeiras defin\u00e7\u00f5es<\/span><\/a><\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"parent":684,"menu_order":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","template":"","meta":[],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/index.php\/wp-json\/wp\/v2\/pages\/687"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/index.php\/wp-json\/wp\/v2\/pages"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/index.php\/wp-json\/wp\/v2\/types\/page"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/index.php\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/index.php\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=687"}],"version-history":[{"count":11,"href":"http:\/\/localhost\/index.php\/wp-json\/wp\/v2\/pages\/687\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":717,"href":"http:\/\/localhost\/index.php\/wp-json\/wp\/v2\/pages\/687\/revisions\/717"}],"up":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/index.php\/wp-json\/wp\/v2\/pages\/684"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/index.php\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=687"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}\n
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\nNota\u00e7\u00e3o aditiva:\u00a0<\/strong>a opera\u00e7\u00e3o \u00e9 denotada por $+$, o elemento neutro por $0$, o inverso de $g$ por $-g$. A soma $g+\\cdots+g$ ($n$ vezes) est\u00e1 escrita como $n\\cdot g$ ou $ng$. Se $n$ for um n\u00famero natural, elemento $n(-g)=-(ng)$ ser\u00e1 escrita como $-ng$. Concordamos tamb\u00e9m que $0g=0$. Esta nota\u00e7\u00e3o \u00e9 usada principalmente em grupos abelianos.
\nNota\u00e7\u00e3o multiplicativa:\u00a0<\/strong>A opera\u00e7\u00e3o \u00e9 denotada por $\\cdot$ ou simplesmente por concatena\u00e7\u00e3o, por exemplo $xy$. O elemento neutro \u00e9 denotado por $1$, o inverso de $g$ por $g^{-1}$. O produto $g\\cdots g$ ($n$ vezes) ser\u00e1 escrito como $g^n$. Se $n$ for um n\u00famero natural, o elemento $(g^{-1})^n=(g^n)^{-1}$ ser\u00e1 escrito como $g^{-n}$. Al\u00e9m disso, $g^0=1$. Esta nota\u00e7\u00e3o \u00e9 mais comum que a nota\u00e7\u00e3o aditiva e pode ser usada em grupos abelianos e tamb\u00e9m em grupos n\u00e3o abelianos.<\/p>\n
\nExemplos.<\/strong>\u00a0Aqui s\u00e3o os primeiros exemplos de grupos. Ao longo da disciplina, n\u00f3s vamos estudar exemplos mais complexos. O conceito do corpo ser\u00e1 introduzido mais tarde. Quem n\u00e3o sabe o que \u00e9 um corpo, pode pensar simplesmente em $\\Q$, $\\R$, $\\C$, ou $\\Z_p$.<\/span><\/p>\n\n
\n\\[
\n\\sym X=\\{f\\colon X\\to X\\mid \\mbox{$f$ \u00e9 bijetiva}\\}.
\n\\]
\nO conjunto $\\sym X$ \u00e9\u00a0 um grupo com a opera\u00e7\u00e3o de composi\u00e7\u00e3o e o nome deste grupo \u00e9 o grupo sim\u00e9trico<\/em> sobre o conjunto $X$. Os elementos de $\\sym X$ s\u00e3o chamadas de permuta\u00e7\u00f5es <\/em>(do conjunto $X$). Frequentemente, $X=\\{1,\\ldots,n\\}$ e neste caso escrevemos $\\sym X=S_n$ e o nome do grupo \u00e9 grupo sim\u00e9trico de grau<\/em> $n$.<\/li>\n
\n\\[
\nGL(V)=\\{f\\colon V\\to V\\mid \\mbox{$f$ \u00e9 linear a bijetiva}\\}.
\n\\]
\nO conjunto $GL(V)$ \u00e9 um grupo com a opera\u00e7\u00e3o de composi\u00e7\u00e3o. O grupo $GL(V)$ \u00e9 chamado de grupo geral linear<\/em>. Se $V$ tem dimens\u00e3o finita, ent\u00e3o pode-se definir
\n\\[
\nSL(V)=\\{f\\in GL(V)\\mid \\det f=1\\}
\n\\]
\n(Note que o determinante de um operador linear de um espa\u00e7o de dimens\u00e3o finita \u00e9 bem definido e independe da base.) O grupo $SL(V)$ \u00e9 chamado de grupo especial linear<\/em>.<\/li>\n
\n\\[
\nGL(n,\\K)=\\{A\\in M_{n\\times n}(\\K)\\mid \\mbox{$A$ \u00e9 invert\u00edvel}\\}
\n\\]
\ne
\n\\[
\nSL(n,\\K)=\\{A\\in GL(n,\\K)\\mid \\det A=1\\}.
\n\\]
\nOs estes conjuntos s\u00e3o grupos com a opera\u00e7\u00e3o de multiplica\u00e7\u00e3o matricial.
\nOs grupos $GL(n,\\K)$ e $SL(n,\\K)$ s\u00e3o tamb\u00e9m chamados de grupo geral linear e grupo especial linear. Se $\\K=\\Z_p$, ent\u00e3o escrevemos $GL(n,p)$ and $SL(n,p)$ para $GL(n,\\Z_p)$ e para $SL(n,\\Z_p)$. Se $V$ \u00e9 um espa\u00e7o vetorial de dimens\u00e3o $n$ sobre $\\K$, ent\u00e3o os grupos $GL(V)$, $GL(n,\\K)$, e $SL(V)$, $SL(n,\\K)$ s\u00e3o claramente relacionados, e n\u00f3s vamos estudar esta rela\u00e7\u00e3o mais tarde quando tratarmos o conceito de isomorfismo. Neste momento \u00e9 importante entender que\u00a0\u00a0$GL(V)$ e $GL(n,\\K)$ n\u00e3o s\u00e3o id\u00eanticos (iguais).<\/li>\n\n
\n